sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Poema começado do fim


Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:
parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido
ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres, e o sol da tarde, imaginai o que era o sol da tarde sobre nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan pela rua mais torta da cidade.
O caminho do céu.
           (poesia retirada do livro "Adélia Prado Poesias reunidas".)

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